Évora situa-se no coração do Alentejo e foi considerada património mundial pela Unesco em 1986. É uma cidade-museu com raízes romanas e arquitetura característica com as casas brancas, azulejos e varandas típicas.
O centro histórico está rodeado pela muralha medieval.
Estacionámos o carro junto à muralha, próximo da histórica Universidade de Évora, e entrámos por uma das várias portas. Imediatamente temos a sensação de recuarmos milhares de anos ao vislumbrarmos o património histórico.
Em primeiro lugar passámos pelo Palácio do Cadaval e pelo Miradouro do Jardim Diana. Ali ao lado encontra-se o Templo Romano de Évora, também conhecido como Templo de Diana. Trata-se de um monumento de herança romana que resistiu a milénios de história e é um dos templos mais bem preservados da Península Ibérica. É considerado o monumento histórico mais importante e símbolo da cidade.
Mais alguns passos e estávamos de frente para a Sé Catedral de Évora ou Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção. Esta é a maior catedral medieval de Portugal. A sua grandiosidade exterior convida a uma visita e adquirimos o bilhete com acesso à catedral, ao claustro e aos terraços com a vista panorâmica. É um monumento imponente em granito mas a visita aos terraços é o momento mais deslumbrante da visita, com a vista panorâmica sobre a cidade. O bilhete tem um custo de 4,50€ e está aberta entre as 9 e as 17 horas.
Com o objetivo de seguir caminho pelo centro histórico, seguimos pela Rua 5 de Outubro que é a rua mais conhecida e popular pelas fachadas típicas das casas. É também a rua mais comercial direcionada para o artesanato regional e as lojas de recordações mais turísticas. Também aqui se podem degustar as Queijadas de Évora.
Chegámos à Praça do Giraldo que é a principal praça da cidade, com as características arcadas e um chafariz. A igreja de Santo Antão encontra-se de um lado da praça, e do outro lado o Banco de Portugal. A praça está repleta de agradáveis esplanadas e restaurantes.
Desde a Praça do Giraldo seguimos até mais uma grandiosa igreja, a Igreja da Graça.
Depois fomos até à Pastelaria Conventual Pão de Rala, situada na rua do Cicioso. O pão de rala faz parte da doçaria conventual do Alentejo e os seus ingredientes são gemas, açucar, limão, amêndoas e gila. Esta é uma paragem para os mais gulosos.
Seguimos até ao tranquilo Jardim Público rodeado pela muralha medieval. Aqui encontram-se monumentos culturais, como o palácio de D. Manuel e as ruínas fingidas. Este jardim é habitado por muitos pavões.
Saímos do jardim diretamente para a Praça 1º de Maio onde encontramos o Mercado Municipal de Évora e a imponente Igreja de São Francisco.
Ao lado da igreja de São Francisco encontramos a Capela dos Ossos. As paredes e o teto da capela estão forrados de ossos e caveiras. Na entrada da capela podemos ler “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. É aquele local que nos faz pensar que estamos de passagem e não somos eternos. O melhor é mesmo aproveitarmos a viagem da vida ao máximo e da melhor maneira possível.
A capela foi construída no século XVII por três frades que pretendiam transmitir a mensagem de transitoriedade e fragilidade da vida humana. São cerca de 5000 caveiras entre inúmeros ossos que revestem as paredes, teto e pilares da capela.
Foi o local onde encontrámos mais turistas e tivemos fila para entrar. O bilhete para a capela também inclui o acesso ao núcleo museológico, galeria de presépios e terraço panorâmico. O bilhete tem o custo de 4€ e está aberta entre as 9 e as 17 horas.
Ainda passámos pela rua do cano para admirar o Aqueduto da Água de Prata que percorre as fachadas das casas desta rua. Este aqueduto foi uma obra de engenharia de grande envergadura que marcou a história da cidade de Évora
Terminámos este dia visitando o principal monumento megalítico de Évora, o Cromeleque dos Almendres. O cromeleque encontra-se na Herdade dos Almendres, localizada na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe. O ponto menos positivo desta visita foi o acesso por uma estrada em péssimas condições.
O cromeleque é uma memória de vestígios pré-históricos sendo considerado um dos maiores e mais importantes monumentos megalíticos do mundo. É constituído por cerca de 95 menires. Todo o cromeleque está envolto em fascínio por o seu significado não ser claro e existirem várias teorias.
Acabámos por assistir ao pôr do sol neste místico local.
Passámos a noite no Hotel Tivoli Évora Ecoresort. É um hotel de 4 estrelas, ecológico e revestido em cortiça. Os quartos ficam separados do edifício principal, em pequenas casinhas com sala e casa de banho. Situado fora do centro histórico, o local é perfeito para descansar por estar envolvido em plena natureza com um ambiente muito tranquilo. Tem uma piscina interior e exterior, e um restaurante.
Adorámos a estadia de apenas uma noite neste hotel. Uma agradável surpresa também foi a presença de ovelhas e o contacto com elas na manhã seguinte. Estão sempre prontas a serem alimentadas de erva pelos hóspedes.
A oferta cultural de Évora é muito vasta e existem muitos museus arqueológicos, como o Museu de Évora e o Centro de Arte e cultura Eugénio de Almeida. Quantos mais dias disponíveis tiverem, mais locais de interesse cultural podem ser visitados. Por todo o lado se respira história e somos surpreendidos em cada rua que percorremos de forma descontraída.
Desta forma termino, sugerindo que venham percorrer e admirar as praças, igrejas, catedral, conventos, palácios e conhecerem a história desta cidade-museu.
Boa viagem!
Titi
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