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A Titi já volta

A Titi já volta

A mais deslumbrante caminhada do Algarve

Percurso dos Sete Vales Suspensos

Os sete vales suspensos é o nome do percurso costeiro ao longo das arribas da costa do concelho de Lagoa, entre a praia do Vale de Centeanes e a Praia da Marinha.

É considerado um dos trilhos mais bonitos do Algarve e já foi eleito como o melhor destino para caminhadas da Europa.

O percurso de 5,7 Km desce e sobe os chamados vales. Cada vale suspenso esteve no passado associado à foz de uma ribeira que se ligava ao mar. A erosão e o avanço do mar criaram os vales. 

É um percurso para quem gosta de caminhar junto da natureza. A ação da água doce e salgada construiu a paisagem cársica, sendo possível admirar várias formações rochosas ao longo do percurso, como grutas, algares e arcos.

Quando ouvi falar neste percurso imediatamente entrou para a minha lista de atividades nas férias do Algarve. Fui no início de Julho e comecei a caminhar por volta das nove horas da manhã. Com algum vento, a temperatura estava agradável a uma caminhada.

O meu objetivo era fazer a caminhada e aproveitar as praias para descansar nas alturas de maior calor.

Tinha lido que este trilho deslumbra qualquer caminhante com as imperdíveis vistas de cortar a respiração. E fui conferir se era mesmo assim.

 

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Descrição do Percurso:

 

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Iniciei o percurso na Praia da Marinha. Foi considerada uma das dez praias mais belas da Europa e uma das cem mais belas do Mundo. Esta emblemática praia do Algarve é mundialmente conhecida e atrai muitos turistas.

 

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Junto do acesso há praia há um parque de estacionamento e um parque de merendas. Encontrei por ali alguns gatos que fazem parte de um projeto de gatos de rua. Estão esterilizados, são alimentados e vivem em plena natureza com uma vista soberba.

 

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Assim que comecei a caminhar fui apreciando aquilo que a natureza criou e aproveitei as vistas para tirar inúmeras fotografias.

 

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A praia da Marinha é rodeada pela falésia esculpida pela erosão. Do topo das arribas é possível apreciar a sua beleza que inclui as formações rochosas e o famoso arco M.

 

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Mais à frente podemos admirar a praia da Corredoura que apenas é acessível pelo mar.

 

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São vários os algares que existem no litoral Algarvio e são muito comuns entre a praia da Marinha e a praia do Carvoeiro.

Os algares são poços naturais que se formam em regiões calcárias e ligam a superfície às galerias subterrâneas. A água da chuva, rica em dióxido de carbono, provoca a dissolução dos calcários que são essencialmente constituídos por carbonato de cálcio. Desta forma, conseguem ampliar as fissuras da rocha e formam rios subterrâneos. O progressivo desgaste da rocha leva a fendas e cavidades que dão origem a poços, galerias e grutas.

Ao longo do trilho existem vários painéis informativos sobre o que o caminhante pode observar.

 

A próxima paragem no trilho foi o topo do algar de Benagil. É um dos principais pontos turísticos do Algarve. O algar teve origem pelas águas que sobem e descem.

 

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Só visitando a gruta pelo mar é que podemos ver uma pequena praia dentro da gruta, com duas entradas na falésia e um algar no topo que a torna iluminada pelo sol.

Este algar foi classificado como uma das dez mais belas grutas do Mundo. E parece mesmo um cartão postal. Fiz o passeio ao interior da gruta apenas no dia seguinte.

 

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Em destaque com a paisagem envolvente, praias paradisíacas piscam o olho para uma paragem e um mergulho.

 

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E foi na Praia de Benagil que fiz a primeira pausa mais demorada para descansar e aproveitar o mar.

É mais uma praia cercada de altas falésias e tornou-se mais conhecida por albergar a famosa gruta de Benagil.

Esta praia de pescadores, hoje em dia, é ocupada pelas embarcações para a visita às grutas marinhas.

É logo na entrada do areal que estão as embarcações que fazem os passeios às grutas.

 

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E existem várias opções para visitar as grutas. O passeio de barco é aquele que é mais cómodo e que permite visitar um maior número de grutas, mas é proibido os barcos desembarcarem no interior da gruta de Benagil. Outras opções que são também muito concorridas é o aluguer de kayak ou paddle para se deslocarem até à gruta.

Assim que estendi a toalha tive uma simpática visitante que por ali ficou durante algum tempo. A praia é literalmente dela e de vez em quando vai dar o seu mergulho no mar.

 

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Mas o meu principal objetivo deste dia era fazer o percurso dos sete vales suspensos. Após cerca de uma hora na praia continuei a caminhada.

Voltei a subir o outro lado da falésia passando por encantadoras casas de Benagil.

 

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O percurso até à Praia do Carvalho é novamente encantador e foram vários os desvios que fiz para apreciar as vistas costeiras.

 

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Nesta fase do trilho senti que as paisagens que via à minha frente me alimentavam o conta-quilómetros.

Mas eu já sabia que a Praia do Carvalho tinha algo de especial que me iria tirar do percurso durante algum tempo. Além disso, as altas temperaturas do Algarve já se começavam a sentir e a tornar o passeio mais cansativo.

 

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O acesso à praia é por uns degraus num túnel escavado na falésia. 

 

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Assim que atravessamos o túnel estamos numa praia paradisíaca. Areia dourada e água transparente fazem desta praia um pequeno paraíso. A praia não tem vigilância.

 

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Aproveitei para almoçar os snacks que tinha levado e desfrutei do mar com vários mergulhos.

 

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Fiquei na praia até às 17 horas de forma a terminar o percurso com temperaturas mais aconselháveis. Ainda faltava quase metade do percurso.

 

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A partir daqui passei por vários algares com o olhar a caminhar na direção do cabo carvoeiro e o seu farol.

 

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Nestes algares desfrutei de momentos de silêncio onde apenas ouvi o bater das ondas nas arribas.

 

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Mais uma paragem, desta vez no leixão do ladrão. É um grande penedo que avança mar dentro. Os leixões são núcleos rochosos mais resistentes à erosão, e com o tempo destacam-se da linha de costa devido ao seu recuo.

 

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Neste local é possível observar o trabalho das águas sobre a rocha calcária.

Existe também uma lenda que conta que uma princesa moura chorava a morte do seu amante e as suas lágrimas originaram o rendilhado típico da rocha calcária.

 

Histórias à parte e mais alguns metros à frente chegamos ao Cabo CarvoeiroNa extremidade do Cabo Carvoeiro encontra-se o Farol de Alfanzina. A torre tem uma altura de 23 metros. O farol foi construído em 1920 e tem um alcance luminoso de 30 milhas.

 

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É nas subidas e descidas mais íngremes que os vales são mais percetíveis.

 

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Mais à frente o percurso terminou na Praia Vale de Centeanes.

 

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Já era perto das 18h30 e apanhei um uber de volta à praia da Marinha.

 

Flora e Fauna:

 

Esta caminhada destina-se a quem gosta de apreciar a natureza. Além das magníficas vistas também é possível apreciar a fauna e a flora ao longo do percurso.

Existe uma vegetação típica das arribas calcárias, onde se destacam os matagais de zimbro e carrasco, e o pinheiro-de-alepo. Este pinheiro é das poucas árvores que consegue colonizar estes terrenos pedregosos e áridos. Além disso, plantas típicas do barrocal como a palmeira-anã e a aroeira também se encontram por aqui. Os tomilhais adaptam-se a elevada exposição solar e a solos pedregosos.

 

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Nas zonas de pinhal existe uma maior diversidade de espécies de aves como os chapins, o melro ou o mocho-galego. Além disso, alguns mamíferos como o rato, o coelho, o saca-rabos ou a raposa também habitam por aqui, mas os seus hábitos noturnos tornam mais difícil a sua observação.

 

Conselhos e informações úteis:

 

  • Roupa confortável e calçado de caminhada são essenciais. Além disso, leve água, comida, chapéu de sol e protetor solar.
  • Existem algumas sombras naturais mas deve evitar as horas de maior calor. Mesmo em dias de vento, este não se sente no cimo das arribas.
  • Existe um parque de merendas na praia da marinha e um outro próximo do Leixão do Ladrão.
  • Pode começar o percurso num dos dois sentidos.
  • O percurso está devidamente assinalado.
  • O terreno é na maioria plano, com alguns declives mais acentuados.
  • São 5,7 Km num só sentido ou 11,4 Km ida e volta.
  • O percurso está classificado como dificuldade técnica média por ter alguns declives e pedras soltas.
  • Por questões de segurança não ultrapasse as vedações.

 

Conclusões da minha experiência:

 

O esforço físico foi inteiramente compensado pelo que vi e aprendi durante o percurso. Além disso, ter conciliado o percurso com as paragens nas praias tornou a caminhada mais leve.

O percurso num só sentido demora uma média de três horas. A minha experiência foi de cerca de oito horas devido às várias paragens nos miradouros e nas praias.

Fiz este trilho com uma criança de oito anos, aquela que foi primeira pessoa a chamar-me de titi. Esteve sempre entusiasmada com o desafio e uns passos à frente. Portanto, penso que este trilho pode ser realizado com crianças, mas também depende sempre da criança. Basta estar atento e ter o cuidado de não passar as vedações nos algares e miradouros.

No verão a recomendação é fazer o percurso nas horas menos quentes. E foi precisamente nessas horas de maior calor que interrompi a caminhada e me deliciei nas praias. A praia do Carvalho é mesmo especial.

A erosão do mar sobre as rochas é constante e a natureza criou arcos e outras formas rochosas além das mais conhecidas, como a gruta de Benagil.

Neste trilho de natureza senti uma tranquilidade em plena harmonia com a paisagem e beleza de todo o percurso. E esta beleza natural é difícil de explicar.

Foi um prazer percorrer este percurso que mostra que o Algarve é mais do que ficar apenas o dia numa praia.

Recomendo com toda a certeza que experimente esta caminhada com fantásticas paisagens do litoral algarvio e repleta de miradouros, arribas, grutas e algares.

Para quem não tenha condições físicas de percorrer todo o trilho, pode fazer apenas algumas partes, como por exemplo, entre a praia da Marinha e a praia de Benagil ou a praia do Carvalho.

É difícil de responder à pergunta de qual a melhor parte deste trilho. Mas se tivesse de escolher, é a paisagem entre a Praia da Marinha e a Praia do Carvalho que ainda se mantém mais presente na minha mente.

Fiquei com a certeza que este é realmente um dos percursos pedestres mais bonitos do Algarve.

No dia seguinte fiz todo o percurso por mar desde Portimão. Foi mais uma agradável experiência e pode ler a descrição deste passeio de barco aqui.

 

 

Boa Caminhada!

Titi

 

Vila Viçosa - história de um castelo, palácio e museus

O que visitar nesta viçosa vila?

Considerada Princesa do Alentejo, Vila Viçosa é uma vila com herança cultural. Local onde o mármore é rei, é possível conhecer um castelo medieval, igrejas, museus e um palácio real. Podemos apreciar o rico património arquitetónico em cada recanto da vila.

Esta vila no coração do alto Alentejo foi o local escolhido para passar um fim-de-semana.

Partilho os locais que considero mais importantes e que deve visitar numa passagem por esta viçosa vila.

 

  • Praça da República:

É no centro da vila que encontramos uma agradável praça repleta de laranjeiras.

 

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Num dos extremos da praça está a Igreja de São Bartolomeu, famosa pela sua fachada em mármore. Trata-se de um exemplar clássico da arquitetura barroca.

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É uma agradável praça para um passeio, estando presentes várias homenagens como a Estátua de Bento Jesus Caraça e o busto de Florbela Espanca.

 

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Com um aroma a laranja ainda podemos apreciar a Igreja da Misericórdia e o cineteatro Florbela Espanca. Está também presente uma fonte em mármore branco com várias bicas.

 

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No outro extremo da praça começamos a vislumbrar o castelo.

 

  • Casa de Florbela Espanca:

Florbela Espanca foi autora de importantes sonetos e contos da literatura portuguesa. A poetisa nasceu em Vila Viçosa e viver intensamente era o seu lema de vida.

Numa rua junto à Praça da República,  no número 59 da Rua Florbela Espanca, encontramos a casa onde a poetisa viveu. É uma pena ver a casa abandonada e em degradação.

 

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A poetisa dedicou alguns dos seus poemas a Portugal e ao seu Alentejo.

 

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  • Pelourinho:

O pelourinho de Vila Viçosa fica de fronte à Torre de Menagem.

 

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  • Castelo

Foi mandado construir por D. Dinis no século XIII.

 

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A fortaleza, construída no século XVI, defendeu a vila na Guerra da Restauração.

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Passei as muralhas a partir da rua de Estremoz que vai dar até ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Neste santuário está a capela de Nossa Senhora da Conceição, em honra da padroeira de Portugal. Ao lado está o cemitério onde se encontra a campa de Florbela Espanca.

 

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Depois de percorrer as ruas em volta das muralhas fui até à fortaleza artilheira do castelo.

 

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Atualmente, o castelo alberga o Museu da Caça e o Museu da Arqueologia. A visita custa 3€ e pode ser visitado no horário: 10-13h e 14-18h. 

 

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  • Terreiro do Paço

O Terreiro do Paço de Vila Viçosa está rodeado de importantes monumentos.

No centro desta praça quadrangular que destaca o mármore está a estátua equestre do rei D. João IV.

 

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Paço Ducal:

Mas o grande destaque da praça é o Paço Ducal, um magnífico edifício revestido de mármore. A fachada com 110 metros de comprimento domina o Terreiro do Paço.

 

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Foi mandado construir em 1501 por D. Jaime, IV Duque de Bragança, sendo residência da família até 1910. Inicialmente foi a sede da Casa de Bragança e tornou-se casa reinante quando D. João IV foi aclamado Rei de Portugal.

O palácio foi sofrendo obras e adaptações ao longo das várias gerações.

D. Manuel II, último rei de Portugal expressou em testamento a sua vontade de ser criada a Fundação da Casa de Bragança de forma a preservar o património da Casa de Bragança.

A sua vontade foi cumprida e hoje em dia encontramos a Fundação Casa de Bragança com um conjunto de museus.

A visita é acompanhada por um guia e é possível visitar quatro núcleos museológicos.

Considero obrigatória uma visita ao palácio a quem passar por Vila Viçosa. Além da bela fachada em mármore, uma visita ao interior recorda a história de Portugal e da monarquia portuguesa. São inúmeros os tesouros a descobrir no interior do palácio.

Na visita ao Paço Ducal é percorrido o andar nobre onde podemos apreciar coleções de pintura, tapeçarias, esculturas, mobiliário, cerâmica e ourivesaria.

Os tetos pintados e as lareiras em mármore tornam o espaço ainda mais imponente.

Permanecem as memórias dos dois últimos reinados. Foi neste palácio que o rei D. Carlos dormiu a última noite antes de ser assassinado em 1 de fevereiro de 1908. O quarto mantém a decoração original e inclui quadros pintados pelo rei.

Depois de apreciar as nobres salas, a visita termina na espantosa cozinha que inclui bastantes utensílios em cobre.

A vasta coleção permitiu à Fundação dividir as peças de acordo com a temática, tendo sido desenvolvidos vários núcleos museológicos.

No Paço estão instalados a biblioteca, a Armaria, o Tesouro, a Coleção de Porcelana Azul e Branco da China e a Coleção de Carruagens.

Nas antigas cocheiras pode-se por exemplo admirar o landau que transportou a Família Real no dia do regicídio.

Foi uma visita culturalmente enriquecedora com recordações da história de Portugal ao mesmo tempo que apreciava arte.

 

Horário: 10-13h e 14-17h

Preço: Paço Ducal - 7€; Armaria – 3€; Coleção de porcelana chinesa – 2,50€; Museu das carruagens – 3€

 

Uma vez que não é permitido fotografar os vários espaços do Paço Ducal, pode consultar aqui o site da Fundação com fotografias para ficar com uma melhor ideia do que é possível ver.

 

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Igreja e Convento dos Agostinhos:

Uma igreja de estilo barroco está situada em frente ao palácio e foi o primeiro convento e casa religiosa a ser instituído na vila. É onde se encontra o Panteão dos Duques de Bragança.

 

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Igreja e Convento das Chagas:

D. Jaime mandou construir este convento para o Panteão das Duquesas de Bragança. A igreja de estilo renascentista tem a fachada com mármore da região.

O Convento das Chagas de Cristo foi adaptado e é atualmente a pousada D. João IV.

 

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  • Tapada Real

No norte da vila encontramos a Tapada Real que corresponde a um antigo couto de caça. Integra a propriedade da Fundação da Casa de Braganca.

Foi inicialmente criada por D. Jaime e a Porta da Tapada servia o Paço Ducal. Tem uma área de cerca de 1500 hectares e existem seis portas de acesso.

 

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  • Varandinha dos Namorados:

Próximo da Porta da Tapada encontrei uns miradouros com vista panorâmica sobre a vila. Têm vista sobre o castelo, terreiro do paço e pedreiras. 

 

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  • Museu do Mármore:

O museu foi inaugurado em 2000 na antiga estação de comboios. Neste momento, situa-se junto à pedreira da Gradinha, no Olival da Gradinha, na saída para Borba.

 

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As pedreiras de mármore da região de Vila Viçosa, Borba e Estremoz são exploradas há 2000 anos. Distinguem-se pela qualidade desta rocha ornamental que é explorada para todo o Mundo. Foi no sentido de valorizar o maior centro extrator de mármore de Portugal que este museu foi criado.

A atividade exploradora do mármore é conhecida desde a época romana. Aliás, os romanos chamavam Marmol, que significa pedra branca ou pedra de qualidade.

 

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O museu descreve a componente geológica, mostra a componente tecnológica com o ciclo de transformação do mármore num produto, e por fim algumas peças demonstram a expressão artística.

 

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Em primeiro lugar, é explicado através de imagens a atividade extrativa do mármore.

 

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É também apresentado o processo de formação da pedra, como está distribuída na região e a sua caracterização físico-química.

Depois passamos à parte da extração. São mostradas algumas peças rudimentares e equipamentos que eram utilizados nesta fase.

 

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Continuamos a visita para a fase da transformação. Algumas alusões visuais e peças dão a conhecer o ambiente laboral de transformação do mármore em produto. É igualmente mostrado as medidas padrão de exigência e as várias características do mármore.

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Por fim, podemos observar algumas obras de arte feitas com o mármore. Mais uma vez constatamos que o mármore é elemento de requinte na decoração.

 

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No final da visita visionei  um filme intitulado “Vila Viçosa … Vila de Mármore”.

No exterior do museu ainda é possível apreciar algumas peças de mármore e maquinaria.

 

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O museu é pequeno, mas com informação completa. A visita é bastante esclarecedora sobre a complexidade inerente à indústria do mármore.

A visita tem um custo de 1,55€ e pode ser visitado no horário: 9h30-13h e 14h30-18h.

 

Nas traseiras do museu ainda consegui ver a Pedreira da Gradinha que se encontra desativada há mais de trinta anos. Faz parte da história do mármore português.

 

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Existem outros importantes museus em Vila Viçosa, que infelizmente não tive oportunidade de visitar. Certamente ficaram para uma próxima visita à vila.

 

  • Museu Agrícola e Etnográfico

Situado na antiga estação da CP.

Horário:

Verão: terça a domingo 9h30-13h / 14h30-18h

Inverno: terça a domingo 9h-12h30 / 14h-17h30

 

  • Museu de Arte Sacra

Situado no antigo Convento de Santa Cruz, na rua Florbela Espanca.

Horário: 9h-17h

 

  • Museu do Estanho

Situado no Largo Mariano Presado.

Horário:

Verão: terça a domingo: 9h30-13h / 14h30-18h

Inverno: terça a domingo: 9h-12h30 / 14h-17h30

 

  • Igreja de Nossa Senhora da Lapa:

Situada no Carrascal, o mármore está uma vez mais representado neste templo de arquitetura barroca.

 

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  • Cruzeiro

O cruzeiro de Vila Viçosa encontra-se em frente à igreja da Lapa. Divide-se em duas partes abraçadas pela serpente. Simboliza a redenção do pecado e a esperança da salvação.

 

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Alojamento em Vila Viçosa:

Fiquei alojada no magnífico Alentejo Marmòris Hotel & Spa*****.

Foi uma soberba experiência que partilhei em outro post. Não deixe de ler o meu testemunho sobre este hotel. Pode ler aqui.

 

Gastronomia:

Como já é sabido a gastronomia Alentejana e os vinhos de qualidade são mais uma atração da região.

Conjugar a história e património à gastronomia é sempre uma ótima opção.

Nesta descoberta de sabores escolhi o restaurante O Paço Ducal Vila Viçosa. É um restaurante típico alentejano onde fui muito bem recebida e tudo estava saboroso.

 

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Esta foi a minha história por Vila Viçosa. Fiquei encantada com esta viçosa vila rica em história e cultura.

 

Até à próxima escapadinha! 

Titi