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A Titi já volta

A Titi já volta

O Paraíso da Lagoa Azul

Dia 2: Ilha de Comino e Ilha de Gozo

 

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O dia começou com um magnífico pequeno-almoço recheado de produtos locais e tradicionais. E tudo isto com vista sobre a Cidadela de Gozo.

 

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Segundo as condições meteorológicas, decidi que era melhor começar por visitar a ilha de Comino neste segundo dia de viagem. Esta pequena ilha prometia uma lagoa azul e zona selvagem para explorar.

O acesso é feito de barco a partir da ilha de Gozo ou da ilha de Malta. O barco faz o percurso várias vezes por dia entre março e outubro.

Desta forma, apanhei o autocarro junto ao hotel até Mgarr, o local de onde partem os ferries para Malta e as embarcações para Comino.

 

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A viagem de barco tem um custo de 10€ ou 15€ com visita às grutas. Em cerca de 15 minutos estava na ilha.

 

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Assim que avisto a ilha fico perplexa com a diferente tonalidade azul-celeste da lagoa azul , que é causada pela luz solar refletida na areia sobre a água. De águas pouco profundas, a lagoa azul é uma das maravilhas do Mediterrâneo. As águas cristalinas convidam imediatamente a um mergulho.

 

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A mais pequena ilha maltesa deve o seu nome às sementes de cominhos que ali cresciam. Os cavaleiros da ordem de Malta usaram a ilha como recinto de caça e local de exílio. A ilha foi também o local de muitas cenas navais do filme Tróia.

A ilha de Comino oferece não só águas cristalinas como também hectares de área rural em estado selvagem. É o local perfeito para atividades ao ar livre e um dos locais de eleição para a prática de mergulho e snorkeling.

 

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Nesta ilha não encontramos carros nem restaurantes. Existem casas de banho, a possibilidade de alugar um cacifo e algumas roulotes com comida de rua.

Ficar deitado na areia sobre a lagoa azul é apenas um sonho. Só existem meia dúzia de cadeiras na pequeníssima zona com areia e a alternativa é ficar em cadeiras sobre um passeio acimentado.

 

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Rapidamente percebi que é a cor da água que mais atrai os turistas que passam o dia entre a lagoa azul e a lagoa de cristal. A partir de uma determinada altura a ilha transforma-se num mar de agitação. E para quem procura algum sossego recomendo afastar-se da lagoa azul e explorar a ilha.

Iniciei o passeio seguindo a escarpa na direção da lagoa de cristal e depois fui até próximo do único hotel sazonal que existe na ilha.

 

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Mais à frente e após o encontro com uma cobra, passei pela igreja de Comino.

 

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Ali próximo encontrei a baía de Santa Maria. Uma pequena praia de areia que estava bastante tranquila. A tonalidade da água não é igual à da Lagoa Azul, mas existe areia e sossego.

 

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Mais tarde, regressei à lagoa azul para fazer o passeio até às grutas. Nesta altura o sol ficou tímido e a presença de nuvens tornou a visita menos surpreendente. Sinceramente, no que respeita a grutas não há como as do Algarve.

 

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Mais tarde regressei à ilha de Gozo onde fui aproveitar para explorar melhor a capital Victória.

Ao lado do hotel passei pelos jardins de villa Rundle.

 

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Fui até à Praça de São Jorge que acolhe a igreja S. Jorge. A entrada é grátis.

 

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Uma das dicas que me deram no hotel foi para visitar a Cidadela de dia e de noite. E desta vez voltei lá para explorar as ruelas, apreciar a vista e o pôr do sol.

A partir das muralhas é possível apreciar vistas magníficas em volta da Cidadela.

 

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São vários os museus que existem na Cidadela e que acolhem várias exposições.

A noite terminou com um jantar no super recomendado Maldonado Bistro.

 

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Em Gozo a agitação diurna é transformada em noites muito calmas. Por volta das 22 horas não se vê muitas pessoas na rua.

 

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Foi um dia muito bem aproveitado e de bonitas paisagens.

 

Leia também:

          Dia 1 - O início da viagem a Malta

          Dia 3 -  A encantadora Ilha de Gozo

          Dia 4 - Sentir a alma da capital Valletta e das Três Cidades

          Dia 5 - A vila dos barcos com olhos e a mais bonita gruta de Malta

          Dia 6 - A medieval Mdina, a história de Rabat e a melhor praia de Malta

          Dia 7 - A fascinante Vila do Popeye e as praias do norte da ilha de Malta

 

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Titi

Para mais dicas e inspiração visite o meu instagram @atitijavolta

 

 

 

O início da viagem a Malta

Dia 1: Viagem Lisboa-Malta e viagem de ferry até à ilha de Gozo

A expetativa em voltar a pisar solo internacional era grande e sabia que este primeiro dia seria cansativo pelo tempo de viagem até ao destino final.

Já era perto do meio-dia quando o avião da Air Malta levantou voo do aeroporto de Lisboa. O voo teve uma duração de três horas e em Malta o fuso horário é de mais uma hora do que em Portugal.

 

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Na chegada ao aeroporto existe um rigoroso controlo de entrada devido à pandemia. Apenas os turistas vacinados têm permissão de entrada no país. São conferidos o certificado de vacinação e o "digital passenger locator form" que é necessário preencher online.

 

Na chegada ao aeroporto de Malta comprei um cartão para o transporte de autocarro, o “explore card”. Este cartão tem o custo de 21€ e permite viagens ilimitadas de autocarro durante 7 dias. Existem outras opções de cartões de acordo com a utilização prevista e que pode consultar no site dos transportes públicos de Malta.

 

Uma vez que as duas primeiras noites seriam passadas na ilha de Gozo, era necessário transporte até Cirkewwa, o local mais a norte da ilha e de onde partem os ferries em direção à ilha de Gozo. Optei por reservar antecipadamente um transfer com a suntransfers. Também era possível ir de autocarro, mas demoraria mais 1 hora e não queria chegar a Gozo já de noite.

 

Em Cirkewwa, no terminal de passageiros, é só avançar para o ferry uma vez que não é necessário comprar nenhum bilhete. Apenas no regresso de Gozo para Malta a travessia é paga.

 

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E assim que entrei no ferry foi impossível não pensar nas saudades que tenho de fazer um cruzeiro. Embora com tamanho e conforto bastante distintos é sempre nostálgico navegar.

 

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A viagem de ferry é de apenas vinte minutos e foi aqui que finalmente comecei a sentir novamente o espírito de viajante. O vislumbre da aproximação da ilha de Gozo prometia dias de aventura e descoberta. Este é o sentimento que mais gosto numa viagem em ilhas, a ideia de ter um tempo para explorar um cantinho de terra rodeado de mar.

Segundo a lenda era na ilha de Gozo que habitava a ninfa Calipso que salvou Ulisses de um naufrágio.

 

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Logo à saída do terminal do ferry existe uma paragem de autocarro para várias direções. Segui no autocarro 301 para Victoria.

 Após 15 minutos já estava a chegar à maior cidade e capital da ilha de Gozo.

Como estava a anoitecer fui até ao inspirador Hotel Duke Boutique. Localizado na Triq ir-Repubblika, uma das principais ruas da cidade e próximo da Cidadela, este hotel de 3 estrelas tinha muitos pormenores de um hotel 5 estrelas.

 

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Fui recebida por um simpático rececionista que divulgou algumas dicas sobre o que visitar na ilha e os melhores restaurantes próximo do hotel.

 

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A maior surpresa estava no quarto que era enorme e com vários detalhes de conforto.

 

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O único inconveniente foi que devido à proximidade da Cidadela e de outras igrejas, ouvi os sinos tocarem por volta das 6 horas da manhã em estilo de procissão. Mas só aconteceu em uma noite e sinceramente, não trocava este hotel por outro.

 

O início da noite ainda permitiu a primeira visita à Cidadela. No topo da colina está um enclave fortificado com ambiente medieval.

 

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O edifício mais imponente é a Catedral de Victoria com a estátua da virgem Maria. Nesta noite apenas percorri algumas ruas em volta da catedral. Foi um encanto percorrer as ruas medievais praticamente desertas.

 

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Com a certeza de que voltaria à Cidadela no dia seguinte, terminei este longo dia com um jantar no restaurante Casa Vostra. A cozinha maltesa tem muitas influências italianas e não faltam bons restaurantes italianos neste país.

 

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