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A Titi já volta

A Titi já volta

Roteiro nas ilhas Seychelles

Dicas para visitar um destino de sonho

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Em outubro de 2022 realizei uma das minhas viagens de sonho. Amante de destinos com boas praias e fascinada em explorar ilhas, as Seychelles eram um destino presente nas minhas ambições de viajante.

Paisagens surpreendentes, praias idílicas e alguns trilhos e aventuras fizeram parte da minha experiência nas Seychelles. Todos os dias, em algum momento, senti que estava rodeada de paisagens que pareciam cartões postais.

É considerado um destino privilegiado e sem o turismo de massa. Fazendo escolhas e abdicando de alguns luxos é possível viajar para este destino de praias coralinas e paisagens naturais.

Foi uma viagem que envolveu muita pesquisa e programação antecipada. Descrevo aqui a minha experiência que pode ajudar outras pessoas que igualmente sonham com este destino.

 

Localização:

As Seychelles são um país localizado no Oceano Índico e constituído por 115 ilhas com uma extensão de 455 Km2.

Apenas 30 ilhas estão habitadas. As três ilhas mais visitadas e com maior oferta turística são Mahé, Praslin e La Digue.

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Quando ir:

O clima é tropical e com elevada humidade. A melhor época para viajar é a época alta em abril e maio, sendo também outubro e novembro considerados boas opções.

Num destino marcado por uma variedade de praias paradisíacas nenhum turista ambiciona ter umas férias com chuva. No entanto, as incríveis paisagens verdes existem precisamente devido à precipitação que de vez em quando acontece.

Em outubro experienciei um clima bastante quente e húmido. Houve dois dias em que por momentos a chuva foi uma bênção de apenas alguns minutos que aproveitava para refrescar. Tomar banho num mar quente enquanto caem umas gotas de chuva pode ser também considerada uma experiência nas Seychelles. Além disso, a água do mar esteve sempre um caldinho que não ajudava a refrescar.

Com ou sem chuva as cores paradisíacas estão presentes e é sempre possível fazer praia.

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Informações úteis:

As três línguas oficiais são o crioulo que é a língua materna, o inglês e o francês.

A população local tem raízes africanas e francesas.

A moeda oficial é a rúpia das Seychelles. O cartão revolut foi a minha opção para fazer pagamentos e levantamentos. Nos restaurantes takeaway e em pequenas lojas não aceitam cartão. O multibanco onde é possível levantar com o revolut sem pagar taxas é no Seychelles comercial bank. O banco MCB cobra taxas.

Também fiz alguns pagamentos em euros, nomeadamente nas reservas de tours que tinha programado antecipadamente e acordado o pagamento em euros.

Nas Seychelles são mais 3 horas no inverno e 4 horas no verão em relação a Portugal continental. Em outubro o pôr do sol acontecia por volta das 18h15.

 

História:

Foi o Almirante Vasco da Gama que identificou estas ilhas durante a sua viagem entre a Índia e a África, e batizou-as como ilhas do Almirante. É por isso que a população local sempre mencionava o Vasco da Gama quando falava em Portugal. Até existe uma música em crioulo que refere “Oh Vasco onde estavas com a cabeça”. E eu também não entendo como o navegador não ficou por lá.

Só dois séculos depois chegaram os franceses que colonizaram e deram nome às ilhas. Mais tarde foram os britânicos que ocuparam as ilhas. Em 1976 as ilhas tornaram-se uma república independente.

Atualmente, o desenvolvimento do país deve-se à pesca e ao turismo.

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Autorização de viagem:

Não é necessário visto para uma viagem com duração inferior a 90 dias.  Contudo, é obrigatório obter uma autorização de viagem entre 3 a 5 dias antes da partida.

É um processo simples desde que cumpra os requisitos obrigatórios:

-Passaporte válido.

-Seguro de viagem que tem de incluir cobertura relacionada com a covid-19.

-Data de chegada e partida e a confirmação e descrição de todos os alojamentos reservados para a duração da viagem. Os alojamentos têm de ter certificação do turismo.

Todos estes requisitos serão exigidos no preenchimento da autorização de viagem na plataforma seychelles.govtas.com. Tem um custo de 10€. Estes requisitos podem ser atualizados e devem ser confirmados na plataforma de registo.

A autorização da viagem é depois confirmada com um QR code que temos de apresentar na chegada ao aeroporto.

Não existem vacinas obrigatórias, mas a vacina da hepatite A é recomendada.

 

Resumo do meu roteiro nas ilhas Seychelles:

Na criação do roteiro a primeira decisão foi a escolha das ilhas a visitar. Existem vários programas que estabelecem base na ilha principal Mahé e depois visitam as outras ilhas em tours de um dia. Ainda bem que não o fiz, porque dessa forma seria uma correria e não iria absorver a magia de cada ilha.

Decidi visitar as três principais ilhas, Mahé, La Digue e Praslin. A partir de Praslin ainda visitei a ilha Curieuse e St Pierre. Foram 5 ilhas num total de 12 dias de viagem.

 

Dia 1 – Início da viagem

O voo da Turkish Airlines partiu de Lisboa em direção a Istambul. A viagem teve a duração de 4h30 e seguiu-se uma escala de cerca de 7 horas onde não saí do aeroporto por já ser fim de tarde e longe do centro. O aeroporto parece um enorme centro comercial com portas de embarque. Existem vários espaços no primeiro piso com cadeiras confortáveis que permitem descansar.

No início da madrugada mais um voo de 8 horas da Turkish Airlines partiu em direção a Mahé.

 

Dia 2 – Chegada à ilha Mahé

A chegada às ilhas é um momento incrível que atrai imediatamente o olhar assim que se começa a ver as ilhas envolvidas por um azul turquesa.

Apesar de cansada senti que estava a acordar do meu sonho. Assim que saí do avião o casaco foi arrumado e nunca mais precisei dele.

Fui de táxi até ao porto onde se apanha o ferry para as outras ilhas. Deixei as malas no porto e numa curta caminhada ainda tive coragem de ir conhecer a capital Victória, com um calor abrasador. Foi ali que tive o primeiro contato com a população local, onde foram sempre simpáticos.

Depois de explorar a pequena capital, apanhei o ferry para a ilha La Digue onde já cheguei durante o pôr do sol.

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Dia 3 – Ilha La Digue

O dia foi inteiramente passado em L’Union Estate Park, onde aproveitei a praia Anse Source d’Argent e fiz um tour de kayak.

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Dia 4 – Ilha La Digue

A manhã começou com um trilho desde Grand Anse até Anse Cocos.

Durante a tarde fui explorar a costa norte e leste, passando por Anse Severe, Anse Patates, Anse Gaulettes, Anse Banane e Anse Fourmis.

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Dia 5 – Ilhas La digue e Praslin

A manhã foi totalmente dedicada a aproveitar a praia Anse Severe.

À tarde apanhei o ferry para a ilha Praslin. Ainda desfrutei do pôr do sol em Grande Anse.

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Dia 6 – Ilha Praslin

Neste dia fiz um tour para conhecer as incríveis ilhas Curieuse e St Pierre.

O fim de tarde já foi passado na ilha Praslin em Cote d’Or.

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Dia 7 – Ilha Praslin

O início da manhã foi passado no parque natural Fond Ferdinand.

Depois passei por várias praias, com destaque para Anse Takamaka, Grand Anse e Anse Kerlan.

À tarde visitei Anse Georgette, sendo necessária uma autorização prévia do hotel Constance Lemuria para aceder à praia.

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Dia 8 – Ilhas Praslin e Mahé

Comecei este dia a explorar a espetacular praia Anse Lazio.

Durante a tarde ainda passei por Anse Possession e Petit Anse la Blague antes de apanhar o ferry para a ilha Mahé.

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Dia 9 – Ilha Mahé

Este dia começou cedo com o objetivo de fazer o trilho de Copolia.

Depois visitei uma fábrica de chá e seguiu-se a passagem por Port Glaud e Port Launay.

Passei algumas horas em Petite Anse, para mim a melhor praia desta ilha. É necessário pedir autorização na entrada do hotel Four Seasons.

Durante a tarde ainda passei por outras praias, como Baie Lazare, Anse Takamaka, Anse Intendance e Anse Royale.

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Dia 10 – Ilha Mahé

Durante a manhã visitei Craft village e a destilaria Takamaka rum.

Após uma breve passagem pela praia Anse aux pins, passei o resto do dia em Beau Vallon.

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Dia 11 – Ilha Mahé

A primeira praia do dia foi Glacis Beach e depois voltei para Beau Vallon.

Durante a tarde fui aproveitar a vista do Miradouro La Misere e fui até Eden Island onde se encontra o centro comercial Eden Plaza.

O início da noite foi marcado pela viagem de regresso.

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Dia 12 – Fim da Viagem

Após um voo de 8 horas e uma escala de 3 horas, em Istambul, regressei a Lisboa.

 

A descrição completa dos locais que visitei neste roteiro encontra-se nos guias que criei para cada uma das ilhas. Recomendo a sua leitura.

Guia sobre o que ver e fazer na ilha La Digue

Guia sobre o que e fazer na ilha Praslin

Guia sobre o que ver e fazer na ilha Mahé

Um dia nas ilhas Curieuse e St Pierre

 

Transportes:

Táxi:

Do aeroporto até ao terminal do ferry fui de táxi. Teve um custo de cerca de 40€.

Bicicleta:

Na ilha de La Digue o principal meio de transporte é a bicicleta. Como viajei de mochila e o alojamento era perto do ferry consegui deslocar-me a pé. Para quem viaja com mais bagagem terá de solicitar um transfer. No meu alojamento aluguei bicicleta para dois dias com um custo de 100 rupias por dia. Também é possível alugar numa loja junto ao porto.

Carro:

Nas ilhas Praslin e Mahé aluguei carro. É a forma mais cómoda de se conseguir visitar vários locais no mesmo dia. A condução é pela esquerda e as estradas são estreitas, mas a velocidade máxima na maioria das estradas é 40 Km/h.

Começar por conduzir na ilha Praslin foi uma boa opção para adaptação à condução nestas ilhas. Na ilha Mahé já existe mais trânsito, principalmente em Victória.

Apesar de ser mais caro aluguei sempre com seguro sem franquia. A única empresa que encontrei que oferecia estas condições foi a Kreol Services. É necessário alguma atenção em não estacionar debaixo de árvores com cocos.

Ferry:

A empresa Cat Cocos faz a travessia entre Mahé e Praslin. A travessia entre Praslin e La Digue é operada pela empresa Cat Rose.

Adquiri os bilhetes com dois meses de antecedência, uma vez que a concretização do roteiro estava dependente deste transporte. Os horários e reservas devem ser confirmados e realizados antecipadamente nos sites oficiais das empresas.

Mahé – La Digue 60€ (75 minutos)

La Digue – Praslin 14€ (15 minutos)

Praslin – Mahé 50€ (60 minutos)

Nos trajetos entre as ilhas optei pelo ferry, mas também existe a opção de voo doméstico entre Mahé e Praslin. É realizado pela Air Seychelles várias vezes por dia. Imagino que a vista e chegada desta forma seja memorável, mas é também mais dispendiosa.

As duas primeiras viagens de ferry correram muito bem, com exceção do trajeto de Praslin para Mahé em que o mar estava agitado e a viagem foi mais difícil.

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Alojamentos:

Nestas ilhas com praias de sonho também existem hotéis de sonho. Foi neste tópico que eu tentei poupar o máximo e fechar os olhos a esses hotéis. Afinal de contas o que eu queria mesmo era explorar as ilhas e sabia que não teria muito tempo livre para desfrutar dos hotéis.

Nas Seychelles não existem hostels. São as casas de hóspedes e os self-catering que têm os preços mais acessíveis.

Na ilha La Digue escolhi o Chalet Bamboo Vert em regime de meia-pensão. O quarto era simples, mas tinha tudo o que era preciso para passar a noite. Localizado na zona de La Passe e a 10 minutos a pé do ferry. O pequeno-almoço era muito bom e só não aconselho o regime de meia-pensão tendo em conta a oferta e a diferença de preço. A comida era boa, mas os takeaways também teriam sido uma boa opção nesta ilha.

Na ilha Praslin fiquei alojada no Diamond Plaza em Grande Anse. A zona mais turística desta ilha é Cote d'Or que sinceramente achei uma zona totalmente internacional e criada para os turistas. O apartamento em Grande Anse tinha vista de um lado para a praia e do outro lado para um local onde a população habitualmente faz festas. O pequeno-almoço estava incluído e era excelente. Foi neste local que adorei apreciar a cultura e os costumes locais. Sempre simpáticos e em interação constante com os turistas.

Na ilha Mahé escolhi o Beau Vallon Residence em Beau Vallon. Só valeu a pena pelo preço porque não fiquei fã desta zona da ilha.

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Gastronomia:

Nas Seychelles a gastronomia é crioula com influências francesas, indianas e chinesas. Em todos os pratos tradicionais as especiarias estão presentes. O arroz é o principal acompanhamento e usam e abusam dos picantes.

O peixe é o rei da gastronomia. O molho de caril de coco é o mais tradicional e fica bem com tudo.

Nas bebidas o destaque vai para o coco e o rum, para além dos sumos de frutas tropicais. E o café é simplesmente inesquecível.

As frutas tropicais são deliciosas, incluindo as bananas que têm metade do tamanho das da Madeira. As sobremesas com banana e coco são uma tentação.

Um dos pratos mais apreciados pela população local é o caril de morcego que não experimentei.

Um dos temas mais abordados é o custo da alimentação nestas ilhas onde praticamente tudo é importado. Uma refeição num restaurante normal tem uma média de 40€ por pessoa. A excelente alternativa são os takeaways onde existe um menu e a pessoa escolhe o que quer levar. Nestes locais duas pessoas conseguem comer por 10€. A comida é boa e têm os pratos mais típicos e também alguns internacionais.

Os alojamentos com cozinha também permitem poupar para quem gosta de cozinhar nas férias. Mas tendo em conta a qualidade e preço dos takeaways não vale a pena perder tempo na cozinha. Existem pequenos minimercados espalhados por todas as ilhas. Na ilha Mahé o STC Hypermarket é o único hipermercado da ilha e onde é tudo mais barato.

Algumas sugestões de restaurantes e takeaways estão descritas nos guias que criei para cada uma das ilhas.

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Essenciais na viagem:

 Alguns objetos que não devem faltar numa viagem às ilhas Seychelles são:

-Adaptador de tomada universal. As tomadas são do tipo G como em Inglaterra;

-Máscara de snorkeling;

-Calçado aquático;

-Repelente de insetos;

-Medicamentos de emergência em viagem;

 

Flora e fauna das Seychelles:

O solo granítico e as condições ambientais levaram ao desenvolvimento de uma flora endémica. A melhor forma de contactar com a fauna e flora é nos trilhos, que existem em todas as ilhas que visitei, e na prática de snorkeling. São atividades que considero obrigatórias neste destino.

Existem várias palmeiras endémicas. O coco de mer é a maior semente do mundo e o símbolo das Seychelles. A palmeira pode medir mais de 30 metros e os seus frutos chegam a pesar mais de 20 Kg.

A população local tem a vantagem de ter alguns bens garantidos na floresta. A canela e baunilha são colhidas diretamente e utilizadas na gastronomia. São também várias as plantas com utilização medicinal.

Em relação à fauna, os animais também chegam a atingir tamanhos incríveis. Tartarugas gigantes, morcegos enormes, algumas aranhas do tamanho de uma mão e várias aves marinhas foram alguns exemplos que me deixaram impressionada.

O fundo marinho é rico em várias espécies marinhas. Foi um prazer praticar snorkeling em águas rodeadas de corais. Cruzei-me com centenas de peixes de espécies que não conhecia e fez-me falta um guia debaixo de água.

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Quanto pode custar uma viagem às Seychelles?

 O número de dias e de ilhas que escolher visitar terá influência no fator financeiro. Ficar alojado apenas numa ilha e num só alojamento pode ser mais barato, mas também é mais limitante. É por isso que grande parte dos turistas opta por ficar alojado apenas na ilha Mahé e num hotel mais luxuoso. Na minha opinião, esta não é a ilha mais bonita nem a que tem as praias mais paradisíacas.

De um modo geral, os preços são altos quando comparados com o nível de vida da população local.

No planeamento da viagem a maior fatia do orçamento vai para os voos e alojamento. A isto acresce a alimentação, transportes e tours.

Dependendo da altura em que viajar e da antecedência com que reservar é possível conhecer este paraíso com um orçamento entre 1500€ e 2000€ por pessoa.

 

As minhas conclusões sobre as ilhas Seychelles:

A concretização desta viagem às Seychelles conseguiu superar o que já tinha idealizado sobre este destino. As praias desertas rodeadas de uma paisagem verde e um azul do mar com peixes a darem o seu ar de graça irão ficar gravadas na minha memória.

É uma viagem que aconselho a quem gosta de umas férias com boas praias de areia branca, trilhos de natureza e algumas atrações culturais.

Apesar de ser um destino muito associado às viagens de lua de mel, encontrei pessoas a viajar a solo e em grupos de amigos.

É um destino de África que concilia a liberdade e segurança com o que um turista procura num destino paradisíaco.

O contacto com a população local foi incrível e regressei com alguma inveja sobre como desfrutam da vida em plena tranquilidade.

Foi também a primeira viagem em que senti que Portugal não é só sinónimo de Cristiano Ronaldo. A população local tem uma grande estima por Vasco da Gama e é a ele que associam o nosso país.

As ilhas Seychelles não são um destino só de praia. Sim, as praias paradisíacas são a grande atração destas ilhas, mas não consegui ficar muito tempo de papo para o ar quando existiam muitas experiências para concretizar. Confidencio até que estar deitada na toalha por longos períodos de tempo foi coisa que não aconteceu. O azul do mar é irresistível e estar na praia para mim foi sinónimo de estar de molho.

As florestas com densa vegetação são o local ideal para caminhar e apreciar os seus encantos, muitas vezes com vista sobre o mar. É importante escolher as horas de menor calor para tornar estes passeios menos cansativos.

De todos os locais que visitei existem alguns que considero imperdíveis. As minhas praias favoritas foram Anse Source d’Argent, Anse Cocos e Anse Patates na ilha La Digue, Anse Lazio e Anse Georgette na ilha Praslin e Petite Anse na ilha Mahé. O trilho de Copolia, o trilho até Anse Cocos, a caminhada no parque Fond Ferdinand  e a tour de kayak foram as melhores experiências nestas ilhas.

Ter a possibilidade de estar numa praia sem outras pessoas e de nadar à chuva foram igualmente momentos sensacionais. E não posso deixar de destacar a minha primeira festa africana junto da população local, que por não estar planeada foi ainda mais especial.

Regressei com uma infinita coleção de boas memórias e com o sentimento de sonho cumprido.

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Boa viagem!

Titi

Guia sobre o que ver e fazer na ilha Mahé

Os tesouros da maior ilha das Seychelles

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Mahé é a maior e mais populosa ilha das Seychelles, onde vive cerca de 90% da população total. Victoria é a capital e maior cidade deste arquipélago.

Nesta ilha paradisíaca não faltam belas praias e uma exuberante vegetação que parecem saídas de uma tela.

Mahé é a ilha que tem mais locais de interesse para além das praias. Os vários trilhos de natureza, a aprendizagem da história do arquipélago e a oportunidade de apreciar o comportamento e modo de vida da população complementam a experiência numa viagem às Seychelles.

Neste guia resumo o que pode visitar nesta ilha e descrevo algumas dicas sobre a minha experiência em Mahé.

 

Transportes:

É nesta ilha que se situa o principal aeroporto onde chegam os voos internacionais.

A melhor forma de explorar a ilha é de carro. Alguei carro à empresa Kreol Services e foi o meio mais cómodo para conseguir visitar vários locais no mesmo dia e dar a volta à ilha. As estradas do interior são estreitas e onde existe mais trânsito é em redor da capital.

Desde o centro de Vitória é possível caminhar até ao porto de onde parte o ferry para outras ilhas.

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O que ver e fazer na ilha:

Apesar de Mahé ser a maior ilha das Seychelles, não deixa de ser uma pequena ilha. De forma a aproveitar calmamente os seus tesouros é possível percorrê-la em dois dias.

Existem boas praias para desfrutar, parques naturais, trilhos, casas coloniais e a possibilidade de realizar vários passeios até outras ilhas próximas.

 

Victoria

Na zona nordeste da ilha situa-se a cidade Victoria que é considerada uma das mais pequenas capitais do mundo e onde vive cerca de 25% da população nacional. É nesta pequena capital que se situam alguns locais de interesse cultural e político das Seychelles.

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  • Mercado Sir Selwyn:

O local mais visitado pelos turistas na capital é este pequeno e agitado mercado onde é possível apreciar a vida dos locais e adquirir alguns bens típicos. Recomendo a visita durante a manhã que é quando o mercado tem mais vida. No primeiro andar existem lojas de souvenirs.

Localização: Albert Street

Horário: 7h-16h

 

  • Templo Hindu Sri Navasakthi Vinayagar:

É o local de culto da população indiana que habita a cidade. Fica próximo do mercado e a sua decoração repleta de cores dá nas vistas.

Horário: 6h às 12h e das 18h às 19h

 

  • Clock Tower Little Ben:

É uma pequena réplica da torre do relógio de Londres. Está numa rotunda no centro e foi colocada em 1903 como símbolo das Seychelles se tornarem uma colónia britânica.

 

  • Natural History Museum:

Este museu tem o objetivo de sensibilizar a comunidade para a necessidade de proteger e salvaguardar a biodiversidade e o património natural das ilhas. Compreende as galerias terrestre, marinha e geologia.

Localização: junto aos correios

Horário: 9h30-12h30 (segunda-feira e sábado); 9h30-12h/13h-16h30 (terça, quarta, quinta e sexta)

Bilhete: 150 rupias

 

  • Cathédrale de l'Imaculée Conception:

É a catedral da igreja católica em Victória.

 

  • Catedral e Maison de Capucins:

A catedral foi construída em 1874 com um estilo colonial francês. Ao seu lado encontra-se o edifício colonial Maison des Capucins.

 

  • State House:

É a residência oficial do presidente das Seychelles.

 

  • Jardim botânico Mont Fleuri:

É um espaço verde com palmeiras, tartarugas gigantes e uma horta que inclui plantas nativas.

 

Eden Island

Uma ilha artificial que foi criada próximo de Victória. É uma zona com hotéis de luxo, uma marina repleta de yats e um centro comercial.

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Miradouro La Misere

Este miradouro tem uma vista soberba e é de fácil acesso por se situar à beira de uma estrada (La Misere road). Tem vista panorâmica sobre o porto de Victoria, as ilhas adjacentes e principalmente sobre Eden island. A vista é sensacional e as cores surpreendem, especialmente num dia de sol.

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Trilho de Copolia

O trilho mais popular desta ilha situa-se no Parc National du Morne Seychellois, na estrada Sans Soucis. São 1,4 Km em cada sentido e atinge uma altitude de 488 metros. O trilho tem uma dificuldade média e existem zonas em que não se encontra devidamente marcado.

Mas é no topo da montanha que o esforço é recompensado com uma vista impressionante sobre a costa leste, Victoria, Eden island e Sainte Anne Marine National Park.

Fiz este trilho com guia e todo o percurso foi uma autêntica aula de ciências da natureza. A planta carnívora Pitcher plant é uma das atrações desta floresta.

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Demorei cerca de 2h30 a fazer o trilho com várias paragens pelo caminho.

A entrada tem um custo de 100 rupias e o trilho só se encontra aberto entre as 8 e 16 horas. Reservei esta experiência com guia e lanche incluídos através da tourbookers.

 

Port Glaud

Na região oeste da ilha encontra-se uma zona mais agrícola e ligada à pesca.

É provavelmente a zona mais deserta da ilha onde existem a montanha Mourne Seychellois, fábricas de processamento de canela, o parque marinho Baie Ternay,  plantações de chá e uma cascata.

Port Launay tem uma extensa praia de água transparente.

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Tea Factory

Esta fábrica de chá é responsável pelo cultivo e produção do chá nas Seychelles. Para quem pretender aprender como o chá é produzido existem visitas guiadas com um custo de 25 SCR.

Situada sobre a montanha de Morne Blanc, a fábrica tem uma vista panorâmica das encostas ocidentais de Mahé.

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Os chás mais produzidos são o de baunilha e canela por existirem em abundância nas florestas.

O espaço tem um bar e uma loja onde é possível adquirir o chá.

Localização: Sans Soucis Road

Horário: 8-16h

 

Domaine de Val des Prés - Craft Village

Um local que preserva a história, tradições e cultura das Seychelles. É aqui que ficamos a conhecer o interior de como era uma casa senhorial de estilo colonial. 

À volta do recinto existem pequenas casas com souvenirs e alguns deles feitos à mão. Talvez seja o local onde irá encontrar souvenirs mais baratos.

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Localização: Pointe Au Sel

Horário: 9-17h

 

Takamaka Rum

Esta destilaria descreve-se como fazendo parte do espírito das Seychelles e prometem encher cada garrafa com o caráter das 115 ilhas. Nascido e produzido nas Seychelles, este rum é um paraíso remoto que pode levar para casa.

Somos recebidos de forma simpática numa casa colonial que conta a história da ilha e da destilaria. Existem diariamente visitas guiadas gratuitas às 11h, 13h e 15h e é de forma animada que entendemos como é produzido o rum com os recursos disponíveis na ilha. As instalações são pequenas e o número de garrafas que produzem semanalmente também é diminuto.

No final da visita existe a opção de provar uma variedade de rum com um custo de 125 SCR por pessoa. Do jardim das instalações fazem parte duas tartarugas, a taka e a maka.

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Beau Vallon

É a zona e praia mais popular da ilha onde existem mais restaurantes, bares e hotéis. É por isso o local mais escolhido pelos turistas para se alojarem.

A extensa praia de Beau Vallon é um ótimo local para assistir ao espetáculo diário do pôr do sol.

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Bel Ombre

Uma localidade que se situa ao lado de Beau Vallon e onde também existem hotéis e praias. É o local onde tem início o trilho Anse Major, um dos trilhos mais prestigiados desta ilha que conduz até uma praia selvagem.

 

Praias

Destaco algumas das melhores praias para desfrutar nesta ilha. A maioria encontra-se na costa sul da ilha.

 

  • Petite Anse:

Na minha opinião é a mais bonita praia de Mahe, também chamada de Anse La Liberte.

O acesso à praia é através de uma área privativa do resort Four Seasons, sendo necessário pedir autorização de entrada ao segurança do hotel. Depois são cerca de 800 metros até chegar à praia. Este percurso faz-se bem na ida, com a paisagem sempre a surpreender. Mas as subidas do regresso são cansativas e sem sombra. Tive a sorte de um simpático trabalhador me ter dado boleia num dos carrinhos elétricos que percorrem o resort.

Apesar do acesso, a praia é linda, tranquila e com um azul e temperatura do mar de ficar de molho durante bastante tempo. O mar é calmo e um excelente local para praticar snorkeling, principalmente do lado esquerdo da praia.

A envolvência da praia com a natureza e as casas do resort são um cartão postal.

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  • Baie Lazare:

O acesso é pela Anse Gouvernment. Esta praia tem um recife ideal para praticar snorkeling. Mas não superou a anterior.             

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  • Anse Takamaka:

Uma pitoresca paisagem com árvores que dão o nome a esta praia.

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  • Anse Intendance:

Uma praia selvagem e deserta que merece ser apreciada.

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  • Anse Royale:

Uma das praias mais populares da costa sudeste para nadar e praticar snorkeling. 

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  • Anse Aux Pins:

Mais uma praia à beira da estrada com palmeiras a indicar a direção do mar.

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O meu roteiro em Mahé:

Conheci a capital Victoria no primeiro dia que cheguei às Seychelles. Antes de apanhar o ferry para a ilha La Digue conheci os principais destaques desta pequena cidade em apenas duas horas.

Depois de conhecer as ilhas La Digue e Praslin retornei a Mahé onde fiquei os últimos três dias da viagem.

No primeiro dia inteiramente dedicado a esta ilha, comecei por realizar um dos meus principais objetivos em Mahé. O dia começou cedo para fazer o trilho de Copolia. Depois visitei a fábrica de chá e seguiu-se a passagem por Port Glaud e Port Launay. Continuando a volta à ilha, aproveitei algumas horas em Petite Anse. Durante a tarde ainda passei por várias praias, como Baie Lazare, Anse Takamaka, Anse Intendance e Anse Royal.

No segundo dia visitei Craft village e a destilaria Takamaka rum durante a manhã. Depois de uma breve passagem pela praia Anse aux pins, passei o resto do dia em Beau Vallon.

No último dia despedi-me do mar das Seychelles nas praias Glacis Beach e Beau Vallon. Durante a tarde aproveitei a vista do Miradouro La Misere e fui até Eden Island onde se encontra o centro comercial Eden Plaza. O início da noite foi marcado pela viagem de regresso.

 

Alojamento:

Fiquei alojada no Beau Vallon Résidence, situado a cinco minutos da praia mais popular da ilha, em Beau Vallon. Encontrava-se próximo de supermercados, restaurantes e bares. Uma opção acessível e que serviu perfeitamente para pernoitar três noites. Contudo, não foi a minha melhor escolha de alojamento, também porque não fiquei fascinada com esta zona da ilha.

Se fosse hoje teria optado por ficar na zona sul da ilha ou próximo de Eden island.

Para um orçamento bastante mais dispendioso destaco o resort Four Seasons que fica na melhor e mais azul praia da ilha.

 

Restaurantes:

Destaco alguns restaurantes e takeaways na ilha Mahé.

  • La Plage (Beau Vallon)
  • Bao Bab (Beau Vallon)
  • Chez Batista (Anse Takamaka)
  • Del Place (Port Glaud)
  • Bravo restaurant (Eden Island)
  • Jules Take away (East coast road)

 

A maior e mais populosa ilha das Seychelles ficou para o fim da viagem. Depois de visitar as ilhas La Digue, Praslin e Curieuse percebi que não é em Mahé que se encontram as melhores praias das Seychelles.

Mas como não é só de praias que se fazem umas férias, nesta ilha tive o prazer de desfrutar de trilhos na natureza, contactar com a população em casas coloniais e num mercado local, provar o famoso rum Takamaka e degustar a gastronomia.

O trilho de copolia era uma das experiências que mais desejava fazer nesta ilha. Foi uma autêntica aventura na floresta com a fauna endémica a fazer-se ouvir e uma flora incrível para conhecer.

Foi nas visitas com guia que aprendi as maiores curiosidades sobre esta natureza única. Foi um prazer contactar e compreender melhor aquilo que via para além das incríveis praias.

 

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Até à próxima ilha!

Titi

 

Guia sobre o que ver e fazer na ilha Praslin

A ilha do coco de mer nas Seychelles

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A ilha Praslin é a segunda maior ilha das Seychelles e encontra-se a 40 Km da ilha principal Mahé.

É uma ilha com origem granítica e possui uma vegetação incrível que inclui reservas da natureza.

Praslin foi a segunda ilha que visitei no meu roteiro pelas Seychelles. Uma ilha paradisíaca com excelentes praias, palmeiras e um mar azul turquesa.

Esta ilha é um dos destinos mais populares das Seychelles e escolhida por muitos turistas como o local de base para explorar outras ilhas. Como característica de todas as ilhas, a descontração é a palavra de ordem para aproveitar o sol, as praias e a natureza.

Neste guia, resumo o que pode visitar nesta ilha e descrevo algumas dicas sobre a minha experiência em Praslin.

 

Transportes:

Existem duas formas de chegar a Praslin a partir da ilha Mahé. O ferry, operado pela empresa Cat Cocos, é a opção mais económica e demora cerca de 1 hora. Também é possível chegar num voo doméstico realizado pela Air Seychelles em apenas 15 minutos.

Para me deslocar pela ilha aluguei carro à empresa Kreol Services. Desta forma é possível visitar vários locais no mesmo dia. A condução é pela esquerda e as estradas são estreitas, mas a velocidade máxima é apenas 40 Km/h.

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O que ver e fazer na ilha:

Apesar da ilha ser pequena existem maravilhosas praias para desfrutar, parques naturais e a possibilidade de realizar vários passeios até outras ilhas próximas.

São três as principais localidades em Praslin:  Cote D'Or, Grand Anse e Baie Ste Anne.

 

Anse Lazio

É considerada a praia mais bonita de Praslin e também uma das melhores praias do mundo. Situa-se na zona noroeste da ilha e tem estacionamento.

É um autêntico paraíso de areia clara e um mar azul envolvido por uma densa vegetação verde com rochas de granito.

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Num dia de sol o azul do mar é ainda mais marcante e inesquecível. A água cristalina e transparente faz com que seja também uma praia ideal para praticar snorkeling. Mesmo sem material adequado é possível ver muitos peixes à beira-mar.

Um cenário de natureza selvagem onde vai querer tirar muitas fotografias para mais tarde recordar.

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Anse Georgette

Esta praia fica próxima de Anse Lazio, mas o acesso é por uma estrada do outro lado da ilha.

Para visitar esta praia é necessário pedir uma autorização prévia ao hotel Constance Lemuria que controla o número de pessoas que entram no complexo. Basta pedir a autorização de visita com pelo menos um dia de antecedência através do hotel onde se encontra. No dia da visita o seu nome irá constar numa lista e o segurança na entrada do hotel apenas pedirá para preencher uma folha com alguns dados.

Depois de passar a entrada do hotel tem de enfrentar uma caminhada de 30 minutos com algumas subidas e descidas, passando por um campo de golfe até chegar à praia.

O acesso a esta praia é mais difícil, mas é certo que irá encontrar uma praia paradisíaca com a natureza em estado puro.

Achei esta praia muito parecida com Anse Lazio, mas com o mar mais agitado.

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Côte d'Or / Anse Volbert

É a zona de Praslin mais turística e popular onde se encontram os hotéis e restaurantes mais luxuosos. Achei esta zona um pouco sobrevalorizada.

A praia é muito extensa e basta andar um pouco para ter a praia só para si. O mar é calmo, mas não tão azul como em outras praias.

Ao fim da tarde chegam os pescadores que fazem negócio ali mesmo à beira-mar.

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Grand Anse

Esta é a zona mais populosa da ilha e onde o contacto com a população é mais direto. Para apreciar a cultura e costumes locais esta é a melhor zona.

A praia é muito extensa e ótima para caminhadas ao fim da tarde, mas não é das melhores praias para nadar. Foi um local onde assisti ao pôr do sol e onde apreciei a famosa luz de Praslin.

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Vallée de Mai

É uma reserva natural declarada Património da Humanidade pela UNESCO. É neste parque que se encontram enormes palmeiras e o coco de mer.

A palmeira coco de mer (Ludoicea Maldivica) só cresce aqui e na ilha Curieuse. A palmeira pode atingir 30 metros de altura e o seu enorme fruto chega a pesar mais de 20 Kg. O coco de mer é o maior fruto do mundo e tem a forma de coxas humanas.

Para além de poder contactar com esta espécie endémica e única no mundo, o parque tem várias espécies protegidas. Existem vários percursos para caminhar no parque e a entrada tem o custo de 350 SCR.

 

Reserva Natural Fond Ferdinand

Mais um parque natural onde é possível apreciar a flora da ilha. É uma alternativa mais barata ao Vallée de Mai e a visita é com guia.

Pode contar com um passeio no interior da floresta por entre enormes árvores e várias espécies endémicas de palmeiras.

Mais um local para aprender curiosidades sobre o coco de mer e distinguir uma árvore masculina e feminina. O sexo da árvore só é determinado após 25 anos.

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O caminho é sempre a subir e ao fim de 700 degraus chega-se a um miradouro com vista para a baía de Saint-Anne e ilhas vizinhas. A paisagem é espetacular mesmo num dia de céu nublado.

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A entrada no parque fica em frente à praia Anse Marie Louise e tem um custo de 150 SCR. A visita demora cerca de duas horas e existem três horários de visita guiada durante a manhã. Aconselho fazer no grupo das 9h30 para evitar as horas de maior calor.

 

Outras praias que visitei apenas de passagem:

  • Anse Takamaka
  • Anse Kerlan
  • Anse Boudin
  • Anse Possession
  • Petit Anse La Blague

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Passeios apartir de Praslin:

Esta ilha é um ponto de partida para excursões a outras ilhas vizinhas.

  • La Digue:

Quem optar por se alojar apenas nesta ilha pode visitar, por exemplo, a ilha La Digue em um dia. Mas eu aconselho mais de um dia em La Digue.

Pode ler aqui a minha experiência em La Digue.

 

  • Ilha Curieuse e St Pierre

Um dos passeios mais concorridos é a visita às ilhas Curieuse e St Pierre. Fiz este tour e aproveitei para conhecer mais duas ilhas muito especiais.

Pode ler aqui a minha experiência nas ilhas Curieuse e St Pierre.

 

O meu roteiro em Praslin:

Dediquei três dias a explorar esta ilha.

No primeiro dia fiz um tour para conhecer as incríveis ilhas Curieuse e St Pierre. O fim de tarde já foi passado na ilha de Praslin em Cote d’Or.

No dia seguinte passei o início da manhã no parque natural Fond Ferdinand. Depois explorei várias praias, com destaque para Anse Takamaka, Grand Anse e Anse Kerlan. A tarde foi passada em Anse Georgette.

No terceiro dia desfrutei da espetacular praia Anse Lazio. Durante a tarde ainda passei por Anse Possession e Petit Anse la Blague antes de apanhar o ferry para a ilha Mahé.

 

Alojamento:

Fiquei alojada no Diamond Plaza em Grande Anse. O apartamento tinha vista de um lado para a praia e do outro lado para um local onde a população habitualmente convive.

Sem grande luxo, mas com supermercado, restaurantes e serviços próximos. O pequeno-almoço estava incluído e era excelente.

Escolhi ficar na zona mais habitada e não na zona mais turística da ilha que é Cote d'Or. E ainda bem que o fiz porque sinceramente não fiquei fascinada com essa zona da ilha. Em Grand Anse tive a oportunidade de apreciar a cultura e os costumes locais.

O que não faltam são várias opções de alojamento nesta ilha, com mais ou menos charme. Basta uma pesquisa no booking para encontrar o alojamento mais compatível com a sua carteira.

Para orçamentos mais relaxados destaco o Constance Lemuria. O enorme resort por onde passei para visitar Anse Georgette.

 

Restaurantes:

Destaco alguns restaurantes e outras opções de alimentação na ilha Praslin.

  • Island Pizzeria (Grand Anse)
  • Village Takeaway (Grand Anse)
  • MAS Takeaway (Cote D' Or)
  • Coco Rouge (Baie St Anne)

 

Praslin foi mais uma ilha e mais um paraíso de praias e natureza na minha passagem pelas Seychelles.

Depois de ter explorado a ilha La Digue, senti que Praslin é mais desenvolvida e por isso menos selvagem.  A ilha é facilmente percorrida de carro e é possível conciliar uma praia e um parque no mesmo dia.

Para além das praias, os vários parques naturais demonstram uma flora característica e onde se conhece as várias espécies endémicas. Não visitei o Vallée de Mai porque achei a entrada dispendiosa e já tinha contactado com o coco de mer na ilha Curieuse. O parque Fond Ferdinand pareceu-me uma excelente alternativa para visitar a floresta com o bónus de uma vista incrível no final.

Na segunda maior ilha das Seychelles desfrutei de uma praia que é considerada uma das melhores praias do mundo. Anse Lazio é mesmo a melhor praia da ilha e tem a combinação perfeita para um dia de sol, areia e mar.

Como queria muito conhecer a ilha Curieuse fiz logo o tour no meu primeiro dia em Praslin e também porque esse tour não existe todos os dias da semana.

Um dos momentos altos nesta ilha foi sem dúvida a minha primeira festa africana junto da população local. Por mais planeada que uma viagem possa ser é sempre bom deixar espaço para o imprevisível. Esta festa não estava planeada e por isso foi vivida ainda com mais entusiasmo. Era uma festa local e senti-me muito bem rodeada por aquela população, música e gastronomia.

Praslin foi a ilha onde senti uma interação constante das pessoas para com os turistas. Sempre simpáticos e com um “Hi!” bem-disposto e descontraído.

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Até à próxima ilha!

Titi