Cruzeiro Rota dos Príncipes no maior navio do Mundo - Dia 4: Marselha
Navio Harmony of the Seas - Royal Caribbean
10 a 18 de Setembro de 2016 - Barcelona, Palma de Maiorca, Marselha, Civitavecchia, Nápoles
Dia 4 - Marselha, França
Chegámos ao porto de Marselha por volta das 9 horas da manhã e era suposto ficarmos até às 18 horas.
Marselha é a oitava cidade mais populosa da França. O seu bom clima, as praias, os vários edifícios históricos e o seu importante e significativo porto marítimo atraem muitos turistas.
Marselha tem um longo porto de cruzeiros com vários terminais. Apenas pequenas embarcações podem atracar próximo do centro da cidade, em La Joliette. Os navios de cruzeiro atracam em Môle Leon Gourret (porta nº4) que fica a cerca de 8-10 Km de Vieux-Port, o centro histórico da cidade.
Fora do terminal de cruzeiros podemos optar pelo autocarro público, shuttle (18$) ou táxi (25€) como meio de transporte até ao centro. Era cerca das 9h30 quando saímos do navio e andámos até à saída da porta nº4 para apanharmos o autocarro nº35. Este porto é extremamente movimentado mas é possível caminhar até à saída num percurso de cerca de 20 minutos (1,5Km). Para tal bastou seguir uma linha verde pintada no chão, que indica o percurso até ao cimo de um viaduto onde pára o autocarro que nos levou gratuitamente até à estação La Joliette (15 minutos). Este autocarro passa a cada 20 minutos.
A partir de La Joliette caminhámos pela Rue de République até chegarmos a Vieux-Nice.
Este antigo porto representa história, sendo a entrada do porto protegida pelos fortes St Nicolas e Sain Jean. Existe um calçadão muito movimentado que rodeia o porto, com cafés, mercados e lojas turísticas. Foi neste local que ouvimos um grande aparato de sirenes de ambulâncias e só mais tarde percebemos o que tinha acontecido.
Foi aqui que apanhámos um comboio turístico que faz viagens de ida e volta à Notre Dame de la Garde (circuito 1) e custou 8€. Durante este passeio, com audioguia, passámos pelos fortes, palácio Pharo, Abadia St Victor`s e pela corniche com vista para Les Calanques.
Ao chegarmos à catedral de Notre Dame de La Garde o comboio faz uma paragem de 30 minutos que nos permitiu conhecer o interior da catedral. É uma basílica dedicada ao culto católico e situa-se a 162 metros de altura de Vieux-Port o que permitiu maravilhosas vistas de toda a cidade e do mar mediterrâneo, incluindo a ilha de If. Esta catedral merece uma visita e permitiu ficarmos com uma noção da dimensão da cidade.
De regresso a Vieux-Port percorremos a avenida Canebière que tem imensas lojas, galerias e teatros. Foi também nesta avenida que apanhámos o autocarro nº81 que nos levou até à Plage des Catalans. A costa de Marselha oferece uma variedade de praias. Saímos na paragem Corse 4 Septembre e andámos até esta praia de areia dourada que foi uma excelente opção para nos refrescarmos do calor que se fazia sentir nesta cidade.
Após algum descanso apanhámos o mesmo autocarro nº81 e saímos em Canebière Vieux-Port. Depois fizemos o caminho de regresso a La Joliette, mas desta vez pela Bd du Littoral, passando pelo Fort Saint-Jean, a igreja Saint Laurent e a catedral Santa María la Mayor.
O Fort Saint-Jean do século XII é hoje um espaço de exposições do Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo.
A igreja Saint-Laurent é um edifício de estilo românico-provenzal com três naves separadas por pilares quadrados.
A catedral Santa María la Mayor é um edifício imponente de estilo românico bizantino com arquitetura grandiosa.
Ao chegarmos a La Joliette apanhámos de volta o autocarro nº35 e saímos na paragem Litoral Gourret. A partir daqui fizemos o mesmo percurso de regresso ao navio seguindo a mesma linha verde pintada no chão.
Chegámos ao navio já perto das 17 horas quando fomos informados do trágico acidente que tinha acontecido a bordo. Durante o habitual exercício de testes de segurança com a tripulação um bote salva-vidas desprendeu-se e caiu de uma altura de dez metros onde estavam cinco tripulantes a bordo. Esta queda levou à morte de um tripulante e os outros quatro ficaram feridos. Foi aqui que associámos ao som das sirenes das ambulâncias que tínhamos ouvido de manhã quando estávamos no porto.
Fomos informados pelo comandante que o navio só poderia partir depois das autoridades Francesas autorizarem e percebemos que a escala do próximo dia em La Spezia seria cancelada. Tínhamos uma excursão reservada com uma agência externa até Pisa e Florença, e conseguimos desmarcar.
Fizemos um lanche no Park Café com alguma falta de ânimo após as notícias recebidas. De seguida fomos até ao Guest Service, onde encontrámos um rececionista brasileiro que já conhecíamos do primeiro cruzeiro, para sabermos mais esclarecimentos da situação ocorrida.
De facto os acidentes acontecem a qualquer hora e em qualquer local.Após termos vivenciado dois dias de pura diversão foi angustiante ver os rostos da tripulação ao perderem um elemento da sua família a bordo. E é de salientar o esforço de toda a tripulação ao tentarem suavizar a situação e demonstrarem entusiasmo nos dias seguintes.
Às 19h30 assistimos ao espetáculo Grease no Royal Theater. Trata-se de um famoso musical da Broadway que conta a história do romance de Sandy e Danny, com excecionais coreografias. Durante o musical ouvimos famosas canções clássicas dos anos 70, como por exemplo “Summer nights”, “Look at me”, etc.
Depois deste brilhante espetáculo tivemos o jantar no restaurante principal e depois ainda assistimos a um espetáculo de comédia com Tony Marrese.
Foi um dia bem passado em Marselha e em especial pela conjugação da visita ao centro da cidade com as vistas da Corniche na beira-mar deste território. Mas a dúvida persistia e não sabíamos quando iríamos deixar este porto Francês, estando os destinos seguintes comprometidos. Como já referi, neste navio estamos sempre ocupados com alguma coisa, mas acordar todos os dias num local diferente é o que para mim torna estas viagens mais fascinantes.
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Titi