É uma casa portuguesa, com certeza! É a casa-museu Amália Rodrigues
Fui visitar o museu que todos os portugueses deviam conhecer. Lembro-me de há uns tempos ter visto a casa da Amália Rodrigues na televisão e imediatamente pensei que tinha de lá ir. Era uma visita que andava a adiar há algum tempo mas finalmente concretizei. E gostei bastante.
Amália Rodrigues viveu durante 45 anos no número 193 da Rua de São Bento em Lisboa.
Após a sua morte foi cumprido o seu desejo de tornar esta casa um museu. Foi inaugurado em 2001 e partilha o lado mais pessoal da artista.
Nesta casa fazemos uma autêntica viagem pela sua vida e dia-a-dia. Todos os objetos têm uma história associada.
É possível ver, por exemplo, os vestidos escuros ou coloridos, os sapatos altos, as jóias que usava em palco, os seus perfumes e vários objetos do dia-a-dia.
Durante a visita apenas foi possível fotografar a zona da receção e do terraço. Todo o mobiliário e decoração são originais. Tudo está como foi deixado pela anfitriã da casa.
Ao entrar na casa é notável que se trata de uma casa dos anos 50 que está muito bem preservada.
O gosto de Amália pela arte é bem visível pela presença de várias peças de artesanato e pinturas de arte . São vários os retratos da artista e as figuras religiosas.
Na cozinha ainda se encontra o último papagaio de Amália. O simpático Chico faz-se ouvir e interage com os visitantes.
A visita é acompanhada por um guia que explica a história da casa, dos objetos e da artista.
Na sala de estar a guitarra portuguesa e o piano estão em destaque.
A sala de jantar tem a mesa posta mostrando a loiça usada pela fadista.
No quarto podemos ver um oratório que demonstra o lado religioso de Amália.
Amália nunca expôs os seus prémios e honras em casa. Por isso só os vemos no local onde era a garagem e hoje em dia é a receção do museu.
A visita termina num agradável jardim onde o Chico costuma estar nos dias mais soalheiros.
Este museu preserva as memórias e história de uma das maiores personalidades da cultura portuguesa. E por isso merece uma maior divulgação principalmente nas gerações mais novas. Acho impensável se daqui a umas décadas as novas gerações não saibam e não valorizem quem foi Amália Rodrigues.
Há uns anos atrás quando estávamos em qualquer país pelo mundo assim que falávamos em Portugal do outro lado ouvíamos o nome de Amália. E isto tem uma razão. Amália Rodrigues levou a sua voz e a língua portuguesa a mais de cem países e as suas tournées mundiais incluiram os cinco continentes.
As visitas a esta casa-museu são sujeitas a marcação prévia de terça-feira a domingo entre as 10 e as 18 horas. É grátis até aos 12 anos, os adultos pagam 7€ e para maiores de 65 anos tem o custo de 6€.
Mais informações no site da Fundação Amália Rodrigues.
Boa visita!
Titi
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